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FELINHO E SUA VASSOURINHAS

Todos sabem que Vassourinhas é, de fato, o frevo mais executado de todos os tempos e a marca principal do nosso carnaval. O que pouca gente sabe é que isso se deve, tanto a Teodoro Matias da Rocha e Joana Batista Ramos, seus compositores, quanto a uma figura pouco conhecida do grande público: Félix Lins de Albuquerque (FELINHO), um dos grandes Mestres do Frevo de todos os tempos.

 

Felinho nasceu em Bonito-PE, mesma cidade natal do grande Nelson Ferreira, no dia 14 dezembro de 1895. Aos 9 anos já tocava flauta; aos 12 anos compôs sua primeira canção (um xote); aos 16 foi regente da banda de música de sua cidade; aos 20, veio para o Recife, onde começou a trabalhar como clarinetista em orquestras de cassinos e cinemas.

A convite do Maestro Nelson Ferreira integrou, como saxofonista, durante 2 décadas, o conjunto da Rádio Clube de Pernambuco, onde chefiou o famoso Regional do Felinho e criou o legendário Quarteto de Sax Ladário Teixeira. Em 1930, quando o Maestro Vicente Fittipaldi fundou a Orquestra Sinfônica do Recife – hoje, a mais antiga do Brasil em atividade ininterrupta – Felinho assumiu a primeira flauta, por 50 anos até partir para a eternidade em Janeiro de 1980, pobre e esquecido como muitos outros grandes Mestres do Frevo.

Sua maior façanha consistiu num arranjo mais moderno que criou para "Vassourinhas” e suas variações para saxofone - estourando no carnaval de 1944. Há quem diga, inclusive, que a Marcha nº 1 de Vassourinhas já estava, de muito, relegada a segundo plano, quase ao esquecimento, quando esse feito de Felinho a resgatou, dando-lhe uma nova vida, primeiro transformando-a no frevo preferido dos músicos brasileiros e, por tabela, fazendo-a cair nas graças do povo, do mundo inteiro até os dias atuais.

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