Dizem os grandes pesquisadores que a música que surgiu com a denominação de marcha-frevo, era inicialmente uma versão puramente instrumental com influências diretas da marcha-militar, do dobrado, do galope e da polca-marcha.

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​Esses mesmos pesquisadores enaltecem a figura do maestro José Lourenço da Silva (1889 – 1952), regente da Banda da Polícia Militar de Pernambuco, homem que se tornou musicalmente conhecido como CAPITÃO ZUZINHA. Este músico e maestro foi aclamado como um dos “monstros sagrados” do frevo instrumental e não há dúvidas de que foi ele o responsável pela transformação da polca-marcha em marcha-frevo na primeira década do século XX. Não há quem tire do Maestro Zuzinha, de Paudalho, por esse fato, o título de PAI DO FREVO. Esse diálogo em que na orquestra de frevo os metais “perguntam” e as palhetas “respondem”, é uma criação dele que só faltou registrar em cartório, mas há homens como o escritor e jornalista Mário Mello que vale por um cartório inteiro! E ele deu-lhe os devidos créditos.

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Mas dizem também que outro criador igualmente fabuloso foi quem definitivamente tirou o frevo daquele estágio de marcha-polca e o levou para a glória final da marcha-frevo que outra coisa não é a não ser aquilo que se passou a chamar de FREVO-DE-RUA, aperfeiçoando o que o maestro Zuzinha criou. Esse criador, como a imensa maioria dos mestres do frevo, também não nasceu no Recife. Era natural de Bom Jardim. Seu nome: LEVINO FERREIRA DA SILVA.

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​(trecho retirado do artigo de Abílio Neto - UMA LENDA SOBRE LEVINO FERREIRA do blog OVERMUNDO)